segunda-feira, 10 de março de 2008

Factory Girl

Título original: Factory girl
Realizador: George Hickenlooper
Actores
: Guy Pearce e Sienna Miller

Ano
: 2006

"NY, anos 60, drogas, pop art, sexo, Andy Warhol, entre outros, são alguns dos ingredientes deste The Factory Girl."

O filme apresenta-nos parte da vida de Edie Sedgwick, a pobre menina rica e a famosa musa efémera de Warhol, brilhantemente interpretada por Sienna Miller.
O enredo começa com a ida de Edie para a metrópole, em busca de um lugar ao sol no mundo das artes, ansiando por conhecer os grandes artistas da época, embrenhados no universo louco da Pop Art, do qual o seu expoente máximo é Warhol. Através de um colega, Edie, trava conhecimento com o artista, e nunca mais a sua vida será a mesma. Envolvendo-se no seio de The Factory, o local onde Andy Warhol e a sua trupe criam as suas obras e onde desenvolvem o cinema underground, Edie passa a ser o centro das atenções, em especial nos filmes underground, embarcando na louca jornada de drogas em doses excessivas, que a leva mais tarde a diversos problemas. No entanto de forma efémera torna-se uma Superstar (nas palavras de Warhol) e consegue alguma atenção dos média.
O filme capta bastante bem a essência da célebre frase de Andy Warhol, “No futuro, toda a gente será célebre durante quinze minutos”, explorando de forma interessante a relação Warhol-Edie, bem como os fantasmas presentes nas vidas de cada um.
Todavia, em minha opinião, o filme falha em alguns aspectos, essencialmente na abordgem por vezes superficial ao movimento e ao The Factory, dando a sensação que se quis poupar uns metros de fita. Se o objectivo era apenas realçar a história de Edie, então o filme poderia ter sido abordado de outra forma, pois da maneira como é apresentado, deixa ao espectador uma sensação de superficialidade de uma série de temas, que para quem está a ver poderiam tornar o filme muito mais rico. Ao nível da banda sonora, esta poderia estar um pouco mais enquadrada na época, foi pena ter sido dado pouco, ou quase nenhum relevo aos Velvet Underground.
Em todo o caso o filme vale a pena, pela história, pelo movimento e loucura por vezes captada pela lente, e pelas interpretações de Guy Pearce e Sienna Miller.


Na minha opinião, um filme para 15.

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